sábado, 6 de julho de 2019

Quando é depressão pós parto?


        A depressão é uma das principais doenças incapacitantes da sociedade contemporânea, conhecida também pelo desprazer pela vida. Várias pessoas julgam a mulher na fase pós puerpério, acreditando que a mulher está daquela forma porque quer, porque tem preguiça ou que não ama o seu filho. Vamos conhecer um pouco mais sobre depressão pós parto e a diferença do baby blues para que possamos ajudar outras mamães que estão passando por esta fase.

     O Baby blues conhecida também como disforia puerperal, é uma tristeza pela autocobrança do cuidado com o bebê, cansaço, choro constante e leve quadro depressivo, geralmente tem início a partir do segundo dia depois do parto, é um tipo de melancolia passageira causada por questões hormonais, tem duração em média duas semanas, e atinge cerca de 85% das mulheres. É comum ocorrer o baby blues, pois a mamãe está se adaptando as mudanças físicas, psicológicas e hormonais, e não deve ser considerada como depressão pós parto. 
     A depressão pós parto geralmente aparece depois de um mês, intensificando os sintomas com o decorrer do tempo, a mamãe sente-se incapaz e insegura (quadro acentuado, se desregula emocionalmente), tristeza, desânimo, alteração do apetite, fadiga, pensamentos de conteúdo negativo, sensação de culpa e insônia.

       Afetando no cuidado com o bebê, não tem vontade de fazer nada, não consegue amamentar, desenvolve estresse da amamentação, e choro cada vez mais frequente atinge cerca de 10-15% das mamães.

     Por que ocorre?

   Pode ter origem no pré parto, sentir-se diferente (feia, gorda, ausência do marido, falta de atenção da família). 

     •  Ausência de planejamento familiar;
•  Sonho do bebê perfeito;
•  Mudança radical da rotina;
•  Queda hormonal;
•  Sofreu alguma negligência  ou trauma quando era criança;
•  Se já teve histórico de depressão, primeiro filho, mãe de gêmeos, entre outros fatores. 

     Homens também podem ter depressão pós parto:

    • A tristeza, o medo, a insegurança, a culpa são alguns dos sintomas apresentados;
  • Achar que a companheira não o ama mais, devido a atenção exclusiva para o bebê.
   •  Será que vou dá conta de educar, de proteger, será que vou saber cuidar?
  •  Responsabilidades aumentam: Será que vou conseguir assumir a função de pai?
  • Homens geralmente tem dificuldades de externar seus sentimentos, dificultando a resolução do problema, as vezes tem vergonha de admitir.
   
E o desequilíbrio emocional é sentido pelo bebê.

    Sinais de Alerta:

    1º sinal de gravidade: 
      Pensamentos negativos em fazer mal a si ou ao bebê.
   
   2º sinal de alerta:
  Psicose puerperal transtorno grave que pode desenvolver alucinações (ver ou ouvir coisas que não estão acontecendo), delírios (ideias que não corresponde a realidade), discurso desconexo (falar coisas sem sentido), comportamento desorganizado (de forma estranha que não é habitual), com agressividade e ideias de suicídio. É preciso procurar ajuda o quanto antes.

    Tratamento:

  • Após os três primeiros meses é comum os sintomas da depressão pós parto desaparecerem;

  • Tratamento: Psicoterapia, grupo de apoio, as vezes medicação com antidepressivos, e principalmente o apoio da família.

  • Geralmente duração 6 meses;

 • Os especialistas que podem diagnosticar a depressão na gravidez são: Psicólogo, Psiquiatra, Ginecologista, Endocrinologista e Obstetra;

  • Depressão não diagnosticada na gestação pode ser responsável por depressão pós parto.



*Artigo elaborado com o auxílio da psicóloga Esthefanie Pimentel

Abraços,
Riziane Ventura

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Referência:
Schmidt, B.E.; Piccoloto, N.M.; Miller, M.C. Depressão pós-parto: fatores de risco e repercussıes no desenvolvimento infantil. Psico-USF, v. 10, n. 1, p. 61-68, jan./jun. 2005. 





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